Pois é.
A vida tem destas coisas.
Seres que passam de estranhos com amantes a grandes amizades e confidentes...
Seres de quem cujas palavras passam a ser verdades absolutas....mesmo se não o eram.
Seres antes criticáveis que passam a imprescindíveis e inolvidáveis amizades...
Seres que se aproximam, se dissimulam, se insinuam...
Seres conselheiros que apenas escutam (quando escutam...) uma parte.
A que lhes dá jeito.
A que lhes passa a guardar as confidências antes criticáveis...
Seres que se acham verdadeiras verdades. Absolutas.
Divórcios programados que se tornam em vidas reguladas (!!)
Vidas reguladas com amantes confidentes.
Sem casamentos.
Sem divórcios.
Colegas prestáveis, potenciais confidentes.
Com casamentos.
Sem casamentos.
Colegas potenciais confidentes.
Possibilidades ausentes.
A vida tem destas coisas.
Mesmo sem o saberes, sem te dizer (será que não sabes já?) eu quero é dançar.
Será que já o disse?
Será que já dancei para ti?
Mesmo sem o saberes eu queria ir registando as minhas memórias
Não numa folha qualquer
Não numa qualquer página fb (pode ser perigoso!...)
Registando essas memórias num futuro livro que será manuscrito
E as que não registo ficam comigo
Sempre me posso ir esquecendo delas
As das sextas
As dos sábados
Das tardes de outros dias
Doutros dias
Doutras noites
Doutras danças.
A vida tem destas coisas.
Mesmo sabendo que nada tem importância porque nada é nada
Porque aconteceu o nada
Este nada passou a perseguir a minha alma, a minha existência.
Estranhamente, como sabes.
Nunca este nada tomou conta de mim mas de ti.
Nunca este nada se apercebeu de mim, da minha existência, mas de ti.
Nunca este nada existiu para mim, mas para ti.
Porque eu não deixei, como não quero deixar agora.
Mas agora é que este nada começa a existir?!
É.
A vida tem destas coisas.
14/04/2014